1° Há três razões que mostram a necessidade de se definir o canôn do Novo Testamento.
Um herege, Marcião (cerca de 140 A.D.), desenvolveu seu próprio canôn e começou a divulgá-lo. A igreja precisava contrabalançar essa influencia decidindo qual era o verdadeiro canôn das escrituras do Novo Testamento.
Muitas igrejas orientais estavam empregado nos cultos livros que eram claramente espúrios. Isso requeria uma decisão concernente o Canôn.
O edito de Diocleciano (303 A.D.) determinou a destruição dos livros sagrados dos cristãos. Quem desejava morrer por um simples livro religioso? Eles precisavam saber quais eram os verdadeiros livros.
2° Atanásio de Alexandria (367 A.D.) nos apresenta a mais antiga lista de livros do Novo Testamento que é exatamente igual a nossa atual. A lista faz parte do texto de uma carta comemorativa escrita às igrejas.
3° Logo após Atanásio, dois escritores, Jerônimo e Agostinho, definiram o canôn de 27 livros.
4° Policarpo (115 A.D.), Clemente e outros se referem aos livros do Antigo e do Novo testamento com a expressão “como está escrito nas escrituras”.
5° Justino Mártir (100-165 A.D.), referindo-se à Eucaristia, escreve em primeira apologia 1.67: “E no domingo todos aqueles que vivem nas cidades ou no campo se reúnem num só local, e, durante o tempo que for possível, lêem-se as memórias dos apóstolos ou escritos dos profetas. Então, quando o leitor termina a leitura, o presidente faz uma admoestação e um convite a que todos imitem essas boas coisas”. No dialogo com Trifo (PP. 49, 103, 105, 107) ele emprega a formula “está escrito”. Tanto ele como Trifo devem ter sabido o significado desses “está escrito”.
6° Irineu (180 A.D.). F. F. Bruce escreve acerca do significado de Irineu: “A importância de Irineu está no seu vínculo com a era apostólica e nos seus relacionamentos ecumênicos. Educado na Ásia menor, aos pés de Policarpo, o discípulo de João, Irineu tornou-se bispo de Lion, na Gália, em 180 A. D. Seus escritos confirmam o reconhecimento canônico dos quatro evangelhos, Atos, Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e2 Timóteo, Tito, 1 Pedro e Filipenses, Colossenses, 1 João e Apocalipse. Em contra heresias, (III, ii, 8), tratado escrito por Irineu é evidente que até 180 A. D. a idéia de quatro evangelhos se tornara tão axiomática em toda cristandade que se podia mencioná-la como um fato real tão obvio, inevitável e natural como os quatros pontos cardeais (como os chamamos) ou quatro ventos”.
7° Inácio (50-115 A.D.): “não quero dar-lhes mandamentos tal como fizeram Pedro e Paulo; eles foram apóstolos...” (Aos Tralianos 3.3)
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