sábado, 2 de agosto de 2008

Como posso crer na existência de Jesus, dois mil anos após sua vida física?


Como você se sentiria se ouvisse alguém dizendo:

“Olha, toda esta história sobre Hitler é um grande mentira e exagero. Ele mandou matar apenas umas 100 pessoas e apenas assassinos e ladrões foram executados, nunca invadiu um país, ele só entrava com suas tropas quando era convidado a fazer isto. Esta história de ter roubado dinheiro dos judeus e depois mandar exterminá-los nunca existiu, o holocausto foi inventado por eles para que o mundo se compadecesse e os ajudasse. E deu certo, hoje os judeus são prósperos. Hitler foi apenas um homem com uma grande visão de unificação mundial e os judeus se voltaram contra ele porque nunca acreditaram que isto fosse possível. Isto fez com que o mundo o odiasse e se voltasse contra ele. O caso Hitler foi apenas um exemplo de injustiça humana, um homem bom, com uma grande visão, destruído pela soberba de um povo. Hitler cometeu suicídio por decepcionar-se com as pessoas.”?

Não sei como você se sentiria, mas tenho certeza que pensaria que esta pessoa era louca ou tinha alguns problemas. Mas como provar que o que ela estava dizendo era uma grande mentira se estes fatos aconteceram há mais de 60 anos? Quais seriam as testemunhas se a grande maioria das pessoas que viveram naquela época já não está entre nós? Você pode então dizer: Os livros de história contam isto, existem fatos e fotos, existem pessoas que viveram o terror da segunda guerra, do holocausto e sobrevieram para contar o que aconteceu, você pode visitar os países invadidos e encontrar evidências até hoje. Não seria difícil provar.

Mas, e se 500 anos já tivessem se passado, o que você diria a esta pessoa? Onde estariam as testemunhas? Onde estariam as fotos e os fatos? Como ter certeza que a história se manteve integra? Graças a Deus pessoas que sobreviveram ao holocausto escreveram livros contando o que passaram, testemunhas reais e não apenas historiadores, senão seria muito fácil acreditarmos na 2ª versão, por ser mais bonita e comovente, sem buscarmos descobrir a verdade sobre o que realmente aconteceu.

Os fatos que cercam a vida física de Jesus aconteceram há mais de 2000 anos. As testemunhas oculares e os amigos mais próximos dele já morreram ou foram assassinadas há muito tempo. Como poderemos saber a verdade? Onde estão as fotos e as provas de seus milagres?

Graças a Deus estas testemunhas não só falaram sobre o que viram, mas escreveram para que os que viessem soubessem a verdadeira história. Os livros escritos por Mateus, Marcos e João nos dão uma visão dos fatos a partir de pessoas que conviveram com ele diariamente, pessoas que o ouviram, que viram os milagres, que tiveram experiências pessoais com ele, que testemunharam a perseguição que ele sofreu, viram a sua crucificação e que o viram após sua ressurreição! As cópias dos escritos originais, existentes até hoje, datam de aproximadamente 70 anos depois de que os fatos aconteceram. Seria muito improvável que tantas modificações ocorressem nesse período porque, naquela época, muitos dos que foram testemunhas oculares ainda viviam.

Já o livro escrito por Lucas nos dá uma visão histórica dos fatos, ele não conheceu Jesus pessoalmente, nem o acompanhou por três anos, mas ouviu a história de sua vida e ficou impressionado, resolvendo pesquisá-la mais a fundo em busca da verdade. Ele viajou, perguntou, ouviu, investigou, buscou provas como um historiador faria em nossos dias atuais e o resultado de suas pesquisas está no livro que ele escreveu e que ganhou o seu nome: o Evangelho segundo Lucas. Convertendo-se ao cristianismo, juntou-se aos primeiros discípulos e foi o responsável pelo relato sobre o surgimento da igreja cristã (o livro dos Atos dos apóstolos), onde escreve sobre Paulo e sua conversão, suas viagens, suas mensagens e seu testemunho em todas as partes onde andou (este sim conviveu com ele). Este livro também cita como alguns dos primeiros discípulos foram perseguidos e assassinados por crerem e afirmarem que Jesus havia ressuscitado.

Evidências dos manuscritos do Novo Testamento:

A.T. Robertson – autor da gramática do grego do Novo Testamento mais abrangente, escreveu: Há uns 8.000 manuscritos do latim vulgar e pelo menos 1.000 de outras versões antigas. Acrescente mais de 4.000 manuscritos gregos e nós temos 13.000 cópias de manuscritos de porções do Novo Testamento. Além de tudo isso, muito do Novo Testamento pode ser reproduzido de citação de escritores cristãos primitivos.

Bruce Metzger – “De aproximadamente 5.000 manuscritos em grego… eles contêm tudo ou parte do Novo Testamento.”

John Warwick Montgomery - diz que “ser cético do texto resultante dos livros do Novo Testamento é deixar toda a antiguidade clássica cair na obscuridade, porque nenhum documento do período antigo é tão bem atestado bibliograficamente quanto é o Novo Testamento”

Sir Frederic G. Kenyon (Diretor antigo e principal bibliotecário do museu Britânico) - em seu livro ‘A Bílbia e a Arqueologia’, relata: “…O intervalo, então, entre as datas da composição original e da evidência mais antiga existente se torna tão pequeno que chega a ser desprezível, e a última base para qualquer dúvida de que as escrituras vieram até nós substancialmente como foram escritas foi agora removida. Tanto a autenticidade e a integridade geral dos livros do novo Testamento podem ser consideradas finalmente estabelecidas.”
Patrick Ferreira