segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

FLAGELO BACTERIANO:MOTOR PLANEJADO


Aqui e ali, na literatura especializada, encontramos declarações como a de David DeRosier, na renomada publicação científica Cell: “Muito mais do que outros motores, o flagelo se parece com uma máquina planejada por um ser humano” (DeRosier D.J., “The Turn of the Screw: The Bacterial Flagellar Motor”, Cell, v. 93, 1998, p.17).



A tese da complexidade irredutível dos sistemas biológicos de [Michael] Behe ainda não foi “falseada” como alardeiam falsamente os meninos e meninas da galera de Darwin, e alguns darwinistas inescrupulosos na Nomenklatura científica.


Se Darwin não fecha a conta epistêmica para explicar a história evolutiva de uma “simples” bactéria, o que dirá a Grande Proposição: um Australopithecus se transmutar em antropólogo...


Um pouco de ceticismo localizado a respeito da Grande Proposição é bem-vindo, mas causa muito mal-estar na Nomenklatura científica.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

domingo, 26 de outubro de 2008



ÚNICA EM CIRCULAÇÃO


A bíblia tem sido lida por mais pessoas e publicada em mais línguas do que qualquer outro livro. Existem mais copias impressa de toda a Bíblia e mais porções e seleções dela do que de qualquer outro livro em toda a história.


Alguém poderá refutar, afirmando que num determinado mês ou ano algum livro que alcance, ou que mesmo comece a se igualar, à bíblia, em termos de circulação. O primeiro grande livro a ser impresso foi a Vulgata (versão da bíblia m Latim), impressa por Gutenberg.


Hy Pickering diz que, cerca de trinta anos atrás, para a sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira atender à demanda, teve que imprimir “uma cópia a cada três segundos do dia ou da noite; 22 cópias a cada minuto do dia ou da noite; 1.369 cópias a cada hora do dia ou da noite; 32.876 cópias diariamente durante o ano. E é bem interessante saber que esse numero surpreendente de bíblias foi despachando para diversas partes do mundo em 4.5863 caixas, num peso de 490 toneladas”.


ÚNICA EM TRADUÇÃO


A bíblia foi dos primeiros livros importantes a ser traduzido ( Septuaginta: tradução em grego do Antigo Testamento hebraico, por volta de 250 a.C.)
A bíblia tem sido traduzida, retraduzida e parafraseada mais do que qualquer outro livro existente.


A Enciclopédia Britânica informa que “até 1966 a bíblia completa havia aparecido... em 240 línguas e dialetos... um ou mais livros da bíblia em outros 739 idiomas, num total de 1280 línguas”.


Entre 1950 e 1960 3.000 tradutores da bíblia estiveram trabalhando na tradução das Escrituras.
Os fatos colocam a Bíblia numa condição única (“de cuja espécie não existe outra”) em termos de tradução.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008


Pelo menos uma vez na vida, você não adoraria que alguém simplesmente lhe mostrasse a prova da existência de Deus? Sem quebra-de-braço, sem afirmações como: "Você tem que acreditar". Bem, tentaremos apresentar aqui algumas das razões que sugerem a existência de Deus.
Mas, considere que, se alguém se opõe radicalmente à possibilidade de Deus existir, então qualquer prova ou explicação apresentada aqui poderá ser imediatamente refutada. Ou seja, isso seria como se uma pessoa se recusasse a acreditar que o homem andou na lua. Nenhuma informação, por melhor que fosse, iria mudar o seu modo de pensar. Imagens via satélite de homens andando na lua, entrevistas com os astronautas, pedras lunares... todas as provas seriam sem valor porque a pessoa já concluiu que o homem não pode ir à lua.
Quanto à existência de Deus, a Bíblia diz que há pessoas que têm prova suficiente de que Ele existe, mas encobrem essa verdade.1 Por outro lado, há aquelas que querem saber se Deus existe; a essas Ele diz: "Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês..."2 Antes que você olhe para os fatos relacionados à existência de Deus, pergunte-se: "Se Deus realmente existe, eu gostaria de conhecê-lo?".




1. Deus Existe? Durante a história, em todas as culturas do mundo, as pessoas vêm sendo convencidas de que há um Deus.



Podemos dizer, com algum grau de confiança, que todas essas pessoas estiveram ou estão erradas? Bilhões de pessoas, que representam diversos compostos sociológicos, intelectuais, emocionais, educacionais etc., todas chegaram à mesma conclusão de que há um Criador, um Deus para ser adorado:
Pesquisas antropológicas atuais indicam que entre os povos primitivos mais distantes e remotos, existe uma crença universal em Deus. E, nas primeiras lendas e histórias dos povos de todo o mundo, o conceito original era de um único Deus, o qual foi o Criador. Um Deus altíssimo e original parece ter, uma vez, estado em suas consciências, mesmo naquelas sociedades que hoje se apresentam politeístas.




2. Deus Existe? A complexidade do nosso planeta aponta para um Desenhista, que, intencionalmente, não apenas criou nosso universo, mas também o sustenta hoje.



Poderiam ser dados muitos exemplos mostrando o desenho que Deus fez da criação, e, possivelmente, não chegaríamos ao fim desse desenho. Mas aqui estão alguns traços dele:
A Terra... seu tamanho é perfeito. O tamanho da Terra e a sua gravidade correspondente seguram uma camada fina de gases nitrogênio e oxigênio que se estendem, em sua maioria, até uns 80 quilômetros desde a superfície da Terra. Se a Terra fosse menor, a existência de uma atmosfera seria impossível, como ocorre no planeta Mercúrio. Se a Terra fosse maior, sua atmosfera conteria hidrogênios livres, como em Júpiter. A Terra é o único planeta conhecido que é provido de uma atmosfera com a mistura na medida exata de gases para sustentar vida humana, animal e vegetal.
A Terra localiza-se na distância exata do sol. Pense nas variações de temperatura que enfrentamos, aproximadamente entre -34.4 a + 48.9 graus. Se a Terra fosse um pouco mais distante do sol, nós todos congelaríamos. Um pouco mais perto e nós nos queimaríamos. Até mesmo uma variação fracionária da posição da Terra em direção ao sol tornaria a vida impossível no planeta. A Terra mantém sua distância perfeita do sol enquanto gira em torno dele numa velocidade de aproximadamente 107.825 kph. Também gira em torno de seu próprio eixo, permitindo que toda a superfície seja apropriadamente aquecida e refrescada todos os dias.
Nossa lua tem o tamanho perfeito e está à distância exata da Terra por causa da força da gravidade. A lua cria movimentos importantes nas marés para que as águas não estagnem e ainda impede que os nossos oceanos massivos não inundem os continentes


Água... incolor, inodora e insípida e ainda assim nenhum ser vivente pode sobreviver sem ela. Plantas, animais e seres humanos consistem, na sua maioria, de água (cerca de dois terços do corpo humano é composto por água). Você verá porque as características da água são tão particularmente apropriadas para a vida:
A água possui pontos máximos de fervura e de congelamento incomuns, nos permitindo viver em um ambiente com temperaturas variantes, enquanto mantém nossos corpos em temperatura constante de 37 graus.
A água é o solvente universal. Pegue um copo cheio d'água e adicione uma colher de açúcar e nada vai transbordar; a água simplesmente absorve o açúcar. Essa propriedade da água significa que milhares de produtos químicos, minerais e nutrientes podem ser carregados pelo nosso corpo todo e até dentro de vasos sangüíneos minúsculos.6
A água também não apresenta mudanças químicas. Sem afetar o composto das substâncias que carrega, a água permite que comidas, remédios e minerais sejam absorvidos e usados pelo organismo.
A água apresenta uma tensão de superfície única, pois, nas plantas, ela pode subir contra a ação da gravidade, trazendo nutrientes vivificantes até o topo da árvore mais alta.


A água congela de cima para baixo, formando uma crosta que flutua; assim, os peixes podem viver no inverno.
Noventa e sete por cento da água da Terra encontram-se nos oceanos. Mas, em nosso planeta, existe um sistema que retira o sal da água e a distribui para todo o globo. É o processo de evaporação, que absorve as águas do oceano, deixando para trás o sal; depois forma nuvens que são facilmente levadas pelo vento a fim de dispersar, pela chuva, a água sobre a vegetação, animais e pessoas. Esse sistema purifica e recicla os recursos hídricos do planeta, para sustentar a vida aqui.


O cérebro humano... processa simultaneamente uma quantidade incrível de informações. O cérebro reconhece todas as cores e objetos que você vê; assimila a temperatura à sua volta; a pressão de seus pés contra o chão; os sons ao seu redor; o quão seca sua boca está e até a textura deste artigo em suas mãos. O seu cérebro registra respostas emocionais, pensamentos e lembranças. Ao mesmo tempo, seu cérebro não perde a percepção e o comando dos movimentos ocorrentes em seu corpo, como o padrão de respiração, o movimento da pálpebra, a fome e o movimento dos músculos das suas mãos.
O cérebro humano processa mais de um milhão de mensagens por segundo.8 Ele avalia a importância de todos esses dados, filtrando o que é relativamente sem importância; um processo de seleção que lhe permite interagir com o ambiente em que você se encontra e se desenvolver de modo eficaz nele...
O cérebro é algo que lida com mais de um milhão de informações por segundo, enquanto avalia as mais importantes, permitindo que o homem aja somente com as mais relevantes... Podemos mesmo dizer que esse tão órgão fascinante foi criado pelo mero acaso?


Quando a NASA lança um foguete espacial, sabemos que não foi um macaco que planejou o lançamento, e sim mentes inteligentes e instruídas. Como explicar a existência do cérebro humano? Apenas uma mente mais inteligente e instruída do que a humanidade poderia tê-lo criado.


3. Deus Existe? Mero "acaso" não é uma explicação adequada.



Imagine-se olhando para o Monte Rushmore, onde se encontram talhados os semblantes de Washington, Jefferson, Lincoln e Theodore Roosevelt. Você poderia acreditar que eles foram criados por acaso? Mesmo com a ação do tempo, vento, chuva e acaso, ainda fica difícil acreditar que algo como aquilo, ligado à história, tenha sido formado na montanha a esmo. O bom senso nos diz que pessoas planejaram e, talentosamente, talharam aquelas imagens.
Este artigo apenas toca em poucos aspectos maravilhosos do nosso mundo: a posição da Terra em relação ao sol; algumas propriedades da água; um órgão do corpo humano. Alguma dessas coisas poderia ter sido criada por acaso?
O distinto astrônomo, Sir Frederick Hoyle, mostrou como os aminoácidos, juntando-se a uma célula humana, são, matematicamente, um absurdo. Sir Hoyle ilustrou a fraqueza do "acaso" com a seguinte analogia. "Qual é a chance de um tornado soprar sobre um ferro-velho que contém todas as peças de um boing 747; montá-lo por acidente e deixá-lo pronto para decolar? A possibilidade é tão ínfima a ponto de ser negligenciada, ainda que um tornado soprasse sobre ferros-velhos suficientes para encher todo o universo!"9
Quando se pensa sobre a complexidade da vida e do universo, é lógico pensar que um Criador inteligente e amoroso nos forneceu tudo que precisamos para viver. A Bíblia apresenta Deus como sendo o Criador e aquele que sustenta a vida.

4. Deus Existe? A noção de certo e errado inerente à espécie humana não pode ser explicada de modo biológico.

Sempre emerge de dentro de todos nós, vindos de qualquer cultura, o sentimento de certo e errado. Até mesmo um ladrão se sente frustrado e mal tratado quando alguém o rouba. Se alguém rapta uma criança da família e a violenta sexualmente, há uma revolta e raiva que confrontam aquele ato como maléfico, independente da cultura. De onde vem essa noção de errado? Como explicamos uma lei universal na consciência de todas as pessoas, que diz que assassinato por diversão é errado?
Em áreas como coragem, morrer por uma causa, amor, dignidade, dever e compaixão; de onde vem isso tudo? Se as pessoas são meros produtos da evolução física, "sobrevivência do mais forte", por que nos sacrificamos uns pelos outros? De onde herdamos essa noção interior de certo e errado? A nossa consciência pode ser mais bem explicada por um Criador amoroso que se importa com nossas decisões e a harmonia da humanidade.

5. Deus Existe? Deus não apenas Se revelou no que pode ser observado na natureza, e na vida humana, mas Ele se mostrou mais especificamente na Bíblia.

Os pensamentos de Deus, personalidade e atitudes podem ser conhecidos somente se Deus resolve revelá-los. Tudo mais seria especulação humana. Nós perderíamos muito se Deus não quisesse ser conhecido. Mas Deus quer que o conheçamos e nos contou na Bíblia tudo o que precisamos saber sobre Seu caráter e como nos relacionarmos com Ele. Isto torna a fidedignidade da Bíblia algo de importância.
As descobertas arqueológicas continuam confirmando, ao invés de refutarem, a precisão da Bíblia. Por exemplo, uma descoberta arqueológica no nordeste de Israel, em 1993, confirmou a existência do Rei Davi, autor dos muitos Salmos na Bíblia. Os pergaminhos do Mar Morto, e outras descobertas arqueológicas, continuam a provar, de modo substancial, a precisão histórica da Bíblia.





A Bíblia foi escrita em um período de mais de 1.500 anos, por mais de 40 autores diferentes, em diferentes locais e em continentes separados, escrita em 3 línguas diferentes, falando sobre questões diversas, em diferentes pontos da história.11 Ainda assim exite uma consistência incrível em sua mensagem. A mesma mensagem aparece por toda a Bíblia:



  1. Deus criou o mundo em que vivemos e nos criou especificamente para termos um relacionamento com Ele;

  2. Ele nos ama profundamente;

  3. Ele é santo e conseqüentemente não pode ter um relacionamento com pessoas pecadoras;

  4. Deus nos deu um caminho para nossos pecados serem perdoados;

  5. Ele nos pede para que aceitemos o Seu perdão e que tenhamos um relacionamento com Ele que durará toda a eternidade.

Além desse roteiro central, a Bíblia nos revela, de modo específico, o caráter de Deus. O Salmo 145 é um resumo típico da personalidade, pensamentos e sentimentos de Deus por nós. Se você quiser conhecer Deus, aqui está Ele.

6. Jesus Cristo é a imagem mais clara e específica de Deus, diferente de outras revelações dEle.Por que Jesus?



Veja que em todas as outras principais religiões do mundo, você constatará que Buda, Maomé, Confúcio e Moisés se apresentam como mestres ou profetas; nenhum deles disse ser igual a Deus. Surpreendentemente, Jesus disse. E é nisto que Jesus se distingue de todos os outros. Jesus disse que Deus existe e que você estava olhando para o próprio Deus ao contemplá-lo. Apesar de Ele falar de Deus como Seu Pai Celestial, não era da perspectiva de separação, mas de uma união bem chegada, única para toda a espécie humana. Jesus falou que todo aquele que O tinha visto, tinha visto o Pai; todo aquele que acreditasse nEle, acreditaria no Pai.
Ele disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida".12 Ele disse ter atributos pertencentes somente a Deus: ser capaz de perdoar as pessoas de seus pecados; libertá-las de hábitos pecaminosos; dar às pessoas uma vida mais abundante, dando-lhes, no céu, vida eterna. Diferente de outros mestres que faziam as pessoas se focarem nas palavras deles, Jesus faz as pessoas seguirem a Ele mesmo. Ele não disse: "sigam as minhas palavras e vocês encontrarão a verdade". Ele disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim".




Quais as provas que Jesus deu para dizer que era divino? E os pensamentos, expectativas e sentimentos de Deus pela raça humana?
Ele fez o que as pessoas não podem fazer. Jesus fez milagres. Ele curou as pessoas: cegos, aleijados, surdos e até fez alguns viverem depois de estarem mortos. Ele teve poder sobre objetos: criou comida praticamente do nada; o suficiente para alimentar uma multidão de milhares de pessoas. Ele fez milagres na natureza: andou sobre um lago, ordenou uma tempestade em fúria parar por causa de uns amigos. Pessoas de todos os lados seguiam Jesus, porque ele sempre ia ao encontro de suas necessidades fazendo algo miraculoso. Ele disse: "Creiam em mim quando digo que estou no Pai e que o Pai está em mim; ou pelo menos creiam por causa das mesmas obras".


O que Jesus revelou da personalidade de Deus? O que Ele nos mostrou sobre os pensamentos, expectativas e sentimentos de Deus pela raça humana?
Jesus Cristo mostrou que Deus é gentil, amoroso, consciente do nosso egoísmo e defeitos e ainda assim quer ter um relacionamento conosco. Jesus revelou que, apesar de Deus nos ver como pecadores merecedores da Sua punição, Seu amor por nós venceu. Jesus mostrou que Deus propôs um plano diferente, fazendo com que o seu Filho recebesse a punição por nossos pecados. Jesus aceitou esse plano de livre e espontânea vontade.




Jesus foi torturado com um chicote de nove pontas afiadas. Uma "coroa" de espinhos de cinco centímetros cada foi colada em volta de sua cabeça. Prenderam-no em uma cruz, marretando pregos em Suas mãos e pés até a madeira. Tendo feito tantos milagres, esses pregos não O prenderam na cruz; o Seu amor por nós, sim. Jesus morreu em nosso lugar para que pudéssemos ser perdoados. Dentre todas as religiões conhecidas pela humanidade, apenas através de Jesus você verá Deus estendendo Suas mãos para os homens. Dando-nos uma maneira de termos um relacionamento com Ele, Jesus prova que há um coração divino que nos ama, indo ao encontro das nossas necessidades e nos aproximando dEle. Por causa da morte de Jesus, podemos ser perdoados, aceitos completamente por Deus e amados de forma genuína por Ele. Deus diz: "Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atrai." Esse é Deus em ação!




A prova mais conclusiva de que Jesus é igual a Deus é o milagre mais esquadrinhado de Jesus - Sua própria ressurreição de dentre os mortos. Jesus disse que três dias depois de ser enterrado, Ele voltaria a viver. No terceiro dia depois de Sua crucificação, a pedra de quase duas toneladas que estava na frente do Seu túmulo tinha sido jogada para uma ribanceira. A guarda de bem treinados soldados romanos viu uma luz cegante e um anjo. O túmulo estava vazio, exceto pelos panos de enterro que haviam sido enrolados no corpo de Jesus. Durante todos esses anos, análises legais, históricas e lógicas vêm sendo aplicadas à ressurreição de Jesus e a única conclusão possível até agora é a de que Jesus voltou de dentre os mortos.




Deus existe?



Se você quer saber, investigue sobre Jesus Cristo. Ele mesmo falou: "Pois Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna."




Você quer começar um relacionamento com Deus e realmente saber se é aceito por Ele?

Essa é uma decisão sua, não há coerção aqui. Mas se você quer ser perdoado por Deus e vir a ter um relacionamento com Ele, você pode fazer isso agora mesmo, pedindo-lhe perdão e convidando-O para entrar em sua vida. Jesus disse: "Eis que estou à porta [do seu coração] e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei..."18 Se você quiser assim fazer, mas não sabe muito bem como colocar em palavras, isto pode ajudar: "Jesus, obrigado por morrer por meus pecados. Você conhece a minha vida e sabe que preciso ser perdoado. Eu peço para que me perdoe agora mesmo e peço que entre em minha vida. Obrigado por querer ter um relacionamento comigo. Amém."
Deus vê seu relacionamento com Ele como algo permanente. Referindo-se a todos que nEle acreditam, Jesus disse: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão.
E então, Deus existe? Olhando para todos esses fatos, pode-se concluir que realmente existe um Deus amoroso e que Ele pode ser conhecido de uma maneira íntima e pessoal.

Sobre a autora: Marilyn Adamson

Como uma ex-ateísta, Marilyn Adamson achou difícil refutar as contínuas respostas de oração e a qualidade de vida de uma pessoa amiga chegada. Ao desafiar a crença dessa pessoa amiga, Marilyn ficou maravilhada ao saber da quantidade de provas objetivas que apontavam para a existência de Deus. Por volta de um ano depois de um questionamento persistente, ela respondeu à oferta de Deus de entrar em sua vida e O encontrou pela fé.

Por que escolher Jesus Cristo e o cristianismo em meio a tantas opções religiosas?




Primeiro, as igrejas são formadas e dirigidas por SERES HUMANOS falhos e toda a história nos mostra como nossa raça usou a religião para justificar seus ideais de grandeza. Toda a história da autoridade papal, venda de indulgências, venda de artigos sagrados, as cruzadas, os iluminados, a guerra santa, o monopólio mulçumano, terrorismo, nazismo, enriquecimento a custa da fé dos menos esclarecidos, venda de óleo para unção e sal purificado vindos da terra santa, entre MUITAS outras coisas mostram o quanto o ser humano falhou e tem falhado.

Mas, será que isto implica na inexistência de um Deus? Será que isto implica na falibilidade do que está registrado na Bíblia, ou no Tora ou no Alcorão? Será que isto implica na inexistência de Maomé, de Buda ou de Jesus Cristo? Estas são as perguntas certas. E, se uma destas religiões estiver realmente correta? E se uma delas contiver a verdade (ainda que não absoluta). E se pudermos realmente alcançar o NIRVANA através de sucessivas reencarnações (como sugeriu Buda)? E se herdarmos o paraíso ao morremos por Ala e por sua causa (Como sugeriu Maomé)? E se encontrarmos a vida eterna e um relacionamento pessoal com Deus através de Jesus Cristo (como o próprio sugeriu)? E se existir verdade em alguma destas crenças?

Pessoas nascem e morrem diariamente, alguns vivem 100 anos e outros não chegam nem aos 100 segundos. Alguns passam fome e outros têm tanto para esbanjar. Mas, será que isto é falha de Deus ou dos administradores deste mundo (nós mesmos). Quem está sendo egoísta, injusto, egocêntrico, ambicioso, ganancioso, cruel, incapaz de amar os seres humanos? Deus? Ou nós mesmos? Você já pensou que o mundo produz comida mais do que suficiente para que todos se alimentem? Então por que tantos ainda morrem de fome? Culpa de Deus? Por que tantos são assassinados todos os dias? Culpa do Deus que criou as armas? Por que tantas pessoas contraem a AIDS? Por que Deus deseja que eles se relacionem sexualmente com todos e todas e de todas as formas? Por que tantas pessoas dependem de drogas e são capazes de matar os próprios pais para consegui-la? Deus? Não, nós somos culpados de tudo isto e estamos vivendo a conseqüência do sistema que nós mesmos criamos…

Eu não consigo viver em paz com minha consciência porque creio que as coisas podem ser diferentes. Entre todas as opções eu creio que Deus viu a nossa condição falível de seres humanos e sabia que sozinhos não conseguiríamos mudar (6.000 anos de história registrada nos provam isto). Creio que Ele nos amou de tal maneira que se fez igual a um de nós (sim, creio nisto) e viveu o que nós vivemos. Creio nos milagres que Ele fez enquanto esteve aqui e nos que continua fazendo até hoje na vida daqueles que crêem. Ele foi julgado pelos judeus por afirmar ser o Messias (que eles esperavam ser um Rei). Creio que Ele cumpriu mais 25 profecias (escritas mais de 400 anos antes de ele nascer, por mais de 10 profetas diferentes) só nas últimas 24 horas de sua vida. Foi crucificado, sepultado e ressuscitou 3 dias depois, sendo visto por mais de 500 pessoas… (se quiser saber mais sobre isto, leia um artigo intitulado “mais que uma fé cega” no site http://www.suaescolha.com/). Acredito que Ele apareceu a Paulo de Tarso, depois de sua morte e mudou a vida deste homem a ponto dele ter se tornado o precursor da igreja cristã entre os não judeus. Senão, o que justificaria o crescimento da igreja? Se ele não ressuscitou, onde foi parar o corpo dele? O império romano procurou por muitos anos o corpo de Jesus para por um fim a lenda da ressurreição e nunca o encontrou. E, se foi uma mentira dos discípulos, por que motivo eles morreriam, após tortura, afirmando que Jesus ressuscitou? Como explicar a conversão de Paulo e tudo o que isto acarretou para a vida dele, inclusive sua morte?

Então, crendo que Jesus é Deus e crendo que o que Ele disse é verdade… como poderia fazer qualquer outra coisas antes que todas as outras pessoas pelo menos ouvissem sobre isto (não de forma imposta, mas de forma clara, pois a decisão de crer ou não é pessoal)? Não me refiro a igreja nem a religião, mas a um relacionamento pessoal com Deus… É muito mais que dinheiro, é a vida! A igreja, cada um pode escolher a sua, elas são falhas e continuarão sendo enquanto forem idealizadas e formadas por seres humanos, mas são necessárias ao nosso crescimento em grupo, enquanto seres humanos e enquanto cristãos. Porque nós precisamos de Deus, mas nós também precisamos de pessoas.

Bom, estou aberto para falar mais sobre esse assunto e, também, gostaria de ouvir sua opinião sobre ele.

Cordialmente,

Cleiton Fiuza


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Neandertais cada vez mais iguais a humanos


Pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, reconstruíram o crescimento do cérebro de bebês neandertais, mostrando que esses primos extintos da humanidade tinham um desenvolvimento mental aparentemente muito semelhante ao nosso. A equipe liderada por Marcia Ponce de León e Christoph Zollikofer usou pequenos neandertais da Rússia e da Síria, entre recém-nascidos e crianças de quase dois anos, para fazer uma remontagem virtual do processo.



Eles concluíram que as crianças da espécie provavelmente nasciam com um cérebro equivalente ao nosso, o qual alcançava sua forma adulta mais ou menos na mesma época que o dos humanos modernos também, embora passasse por um crescimento ligeiramente mais rápido por causa de seu tamanho relativamente maior.



Nota: Quando criacionistas diziam que os neandertais e os homo sapiens são muito parecidos, eram achincalhados por darwinistas crentes na "árvore evolutiva" de Darwin. E agora?

sábado, 2 de agosto de 2008

Como posso crer na existência de Jesus, dois mil anos após sua vida física?


Como você se sentiria se ouvisse alguém dizendo:

“Olha, toda esta história sobre Hitler é um grande mentira e exagero. Ele mandou matar apenas umas 100 pessoas e apenas assassinos e ladrões foram executados, nunca invadiu um país, ele só entrava com suas tropas quando era convidado a fazer isto. Esta história de ter roubado dinheiro dos judeus e depois mandar exterminá-los nunca existiu, o holocausto foi inventado por eles para que o mundo se compadecesse e os ajudasse. E deu certo, hoje os judeus são prósperos. Hitler foi apenas um homem com uma grande visão de unificação mundial e os judeus se voltaram contra ele porque nunca acreditaram que isto fosse possível. Isto fez com que o mundo o odiasse e se voltasse contra ele. O caso Hitler foi apenas um exemplo de injustiça humana, um homem bom, com uma grande visão, destruído pela soberba de um povo. Hitler cometeu suicídio por decepcionar-se com as pessoas.”?

Não sei como você se sentiria, mas tenho certeza que pensaria que esta pessoa era louca ou tinha alguns problemas. Mas como provar que o que ela estava dizendo era uma grande mentira se estes fatos aconteceram há mais de 60 anos? Quais seriam as testemunhas se a grande maioria das pessoas que viveram naquela época já não está entre nós? Você pode então dizer: Os livros de história contam isto, existem fatos e fotos, existem pessoas que viveram o terror da segunda guerra, do holocausto e sobrevieram para contar o que aconteceu, você pode visitar os países invadidos e encontrar evidências até hoje. Não seria difícil provar.

Mas, e se 500 anos já tivessem se passado, o que você diria a esta pessoa? Onde estariam as testemunhas? Onde estariam as fotos e os fatos? Como ter certeza que a história se manteve integra? Graças a Deus pessoas que sobreviveram ao holocausto escreveram livros contando o que passaram, testemunhas reais e não apenas historiadores, senão seria muito fácil acreditarmos na 2ª versão, por ser mais bonita e comovente, sem buscarmos descobrir a verdade sobre o que realmente aconteceu.

Os fatos que cercam a vida física de Jesus aconteceram há mais de 2000 anos. As testemunhas oculares e os amigos mais próximos dele já morreram ou foram assassinadas há muito tempo. Como poderemos saber a verdade? Onde estão as fotos e as provas de seus milagres?

Graças a Deus estas testemunhas não só falaram sobre o que viram, mas escreveram para que os que viessem soubessem a verdadeira história. Os livros escritos por Mateus, Marcos e João nos dão uma visão dos fatos a partir de pessoas que conviveram com ele diariamente, pessoas que o ouviram, que viram os milagres, que tiveram experiências pessoais com ele, que testemunharam a perseguição que ele sofreu, viram a sua crucificação e que o viram após sua ressurreição! As cópias dos escritos originais, existentes até hoje, datam de aproximadamente 70 anos depois de que os fatos aconteceram. Seria muito improvável que tantas modificações ocorressem nesse período porque, naquela época, muitos dos que foram testemunhas oculares ainda viviam.

Já o livro escrito por Lucas nos dá uma visão histórica dos fatos, ele não conheceu Jesus pessoalmente, nem o acompanhou por três anos, mas ouviu a história de sua vida e ficou impressionado, resolvendo pesquisá-la mais a fundo em busca da verdade. Ele viajou, perguntou, ouviu, investigou, buscou provas como um historiador faria em nossos dias atuais e o resultado de suas pesquisas está no livro que ele escreveu e que ganhou o seu nome: o Evangelho segundo Lucas. Convertendo-se ao cristianismo, juntou-se aos primeiros discípulos e foi o responsável pelo relato sobre o surgimento da igreja cristã (o livro dos Atos dos apóstolos), onde escreve sobre Paulo e sua conversão, suas viagens, suas mensagens e seu testemunho em todas as partes onde andou (este sim conviveu com ele). Este livro também cita como alguns dos primeiros discípulos foram perseguidos e assassinados por crerem e afirmarem que Jesus havia ressuscitado.

Evidências dos manuscritos do Novo Testamento:

A.T. Robertson – autor da gramática do grego do Novo Testamento mais abrangente, escreveu: Há uns 8.000 manuscritos do latim vulgar e pelo menos 1.000 de outras versões antigas. Acrescente mais de 4.000 manuscritos gregos e nós temos 13.000 cópias de manuscritos de porções do Novo Testamento. Além de tudo isso, muito do Novo Testamento pode ser reproduzido de citação de escritores cristãos primitivos.

Bruce Metzger – “De aproximadamente 5.000 manuscritos em grego… eles contêm tudo ou parte do Novo Testamento.”

John Warwick Montgomery - diz que “ser cético do texto resultante dos livros do Novo Testamento é deixar toda a antiguidade clássica cair na obscuridade, porque nenhum documento do período antigo é tão bem atestado bibliograficamente quanto é o Novo Testamento”

Sir Frederic G. Kenyon (Diretor antigo e principal bibliotecário do museu Britânico) - em seu livro ‘A Bílbia e a Arqueologia’, relata: “…O intervalo, então, entre as datas da composição original e da evidência mais antiga existente se torna tão pequeno que chega a ser desprezível, e a última base para qualquer dúvida de que as escrituras vieram até nós substancialmente como foram escritas foi agora removida. Tanto a autenticidade e a integridade geral dos livros do novo Testamento podem ser consideradas finalmente estabelecidas.”
Patrick Ferreira

domingo, 27 de julho de 2008

BIG BANG RECRIADO: ALARDE FALSO


O texto a seguir, de autoria de Mario Novello, doutor em física que coordena o Instituto de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica (Icra), foi publicado no jornal O Estado de S. Paulo de 19 de julho. Segundo ele, “não é verdade que recriaremos em laboratório as condições iniciais do Universo”. O texto é um pouco longo, mas vale a pena ler para perceber o verdadeiro interesse por trás da supervalorização das experiências que serão realizadas no Large Hadron Collider e do sensacionalismo motivado pela mídia.


Boa leitura:


Nestes trinta e poucos anos de minha carreira científica, raramente tenho tomado a iniciativa de escrever para um jornal, embora tenha dado em várias ocasiões entrevistas sobre alguns aspectos de minha atividade principal, a cosmologia. Se faço hoje uma dessas raras exceções é porque estou convencido de que existe um certo mal-estar na ciência que precisa ser explicitado. Minha motivação se origina a partir de comentários surgidos na imprensa de vários países, incluindo o Brasil, de que experiências que vão acontecer em breve no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) “recriarão as condições do começo do Universo”. Não vou aqui encerrar uma discussão, mas, ao contrário, abri-la.



A questão se inicia ao percebermos que um importante princípio de equilíbrio da posição do cientista na sociedade contemporânea está sendo perigosamente perturbado. Esse princípio é responsável pela respeitabilidade de que a ciência hoje desfruta. De um modo direto, ele pode ser entendido a partir da seguinte regra prática: enquanto os cientistas não têm argumentos teóricos e observacionais definitivos sobre um assunto, sua explicação para os não-cientistas deve exibir as alternativas possíveis. Isto é, só se pode passar verdades científicas (que são mutáveis, claro está, mas durante um certo tempo são “verdades eternas”) para o grande público se os cientistas estiverem de posse de argumentos que naquele momento sejam definitivos e permitam sustentar a veracidade de sua afirmação.



Quando um leigo assiste a uma palestra de divulgação científica ou quando lê as novidades científicas em um jornal ou revista ele assume implicitamente que está exposto a uma descrição fidedigna do que a ciência está produzindo e das verdades que ela sustenta. Dessa forma, um cuidado muito especial deve estar sempre presente para que a esse cidadão não seja dada informação científica sem que ela esteja correta integralmente. Mas nem sempre isso tem ocorrido no Brasil e também nos grandes centros internacionais.



Vou deter-me em um só tema exemplar, particularmente relevante devido à importância que possui no imaginário de todos nós, cientistas ou não. Trata-se das origens do Universo. De forma simples, a história global do Universo pode ser resumida por meio da idéia, explicitada por Alexander Friedman em 1917, de que seu volume total varia com o tempo cósmico. Em 1929, Edwin Hubble observou que esse volume aumenta. De imediato, a questão se coloca: quão pequeno foi esse volume no passado?



VALOR INFINITO



Durante três décadas, duas propostas rivalizaram sem que se pudesse decidir entre elas. Uma, a do big bang, argumentava que esse volume foi nulo e, conseqüentemente, o Universo tem uma data de nascimento, que hoje valeria alguns poucos bilhões de anos. A totalidade da matéria existente no Universo teria sido criada em um só momento e haveria uma dinâmica que faria com que o Universo não tivesse as mesmas propriedades com o passar dos tempos. A outra proposta, dita do universo estacionário, dizia que o Universo não teve um instante único de criação, mas a matéria estaria sendo criada continuamente e a configuração espaço-temporal do Universo não muda. Algumas descobertas importantes da década de 1960 mostraram que, desses dois cenários cosmológicos, o big bang está mais em acordo com os dados observacionais.



Nesse ponto, uma curiosa situação ocorre. A observação de que o Universo é uma estrutura dinâmica mostra que Friedman estava certo quando argumentou que o volume total do Universo varia com o tempo. Esse modelo, porém, deixa lugar para várias dúvidas. Dentre essas, a que nos interessa: não se sabe até quando, no passado, esse modelo pode ser extrapolado. No entendimento original de Friedman, o menor volume teria sido zero. Se isso realmente ocorresse, acarretaria uma série de dificuldades formais das quais a mais crucial seria a de que qualquer cosmologia presente e futura deveria abdicar de produzir uma descrição racional completa do Universo. Isso porque todas as quantidades físicas, como a densidade de energia e a temperatura, assumiriam ali, naquele ponto singular, o impossível - posto que inobservável - valor infinito. Devido a essa dificuldade, ao longo dos anos vários cientistas se dedicaram a examinar cenários cosmológicos nos quais aquela singularidade inicial pudesse ser evitada. O Universo teria passado por um volume mínimo que marcaria a transição de uma fase anterior colapsante para a fase atual de expansão, na qual o volume aumenta com o passar do tempo. Aquele momento de condensação máxima, que separa as duas fases (contração e expansão), chama-se bouncing. A distinção entre os dois modelos (big bang e universo-eterno-com-bouncing) se faz sentir de modo crucial na velocidade de expansão de seu volume naquele ponto de condensação máxima: no big bang, ela é infinita; no cenário do universo-eterno, zero. Embora ao longo das duas últimas décadas do século passado a idéia de um universo dinâmico não singular contendo um bouncing tenha sido deixada de lado, no século 21 ela tem aparecido com grande força.



As principais revistas científicas americanas em que se publicam os resultados das investigações de vanguarda - que constituem na prática grandes formadoras de consenso entre os cientistas de todo o mundo - foram responsáveis por disseminar, ao longo de décadas, o cenário big bang (e pôr no limbo os cenários alternativos que não têm singularidade inicial, isto é, sem um começo a um tempo finito). Essa atitude mudou radicalmente nos últimos anos. Uma das revistas mais respeitadas pela comunidade científica internacional, Physics Report, solicitou-me que escrevesse um artigo contendo os principais cenários cosmológicos sem singularidades que os cientistas têm examinado. Esse artigo, que escrevi com meu colaborador Santiago Bergliaffa, foi publicado recentemente. Se faço esse comentário é somente com uma finalidade: a de mostrar contundentemente que até mesmo nos Estados Unidos, cuja sociedade científica dita a norma do pensamento convencional contemporâneo, o stablishment admite a possibilidade de uma alternativa ao big bang.



PARCEIROS DE DEUS



Embora as experiências no Cern possam reproduzir condições de energia que existiram livremente no Universo quando ele estava altamente condensado, elas não reproduzirão as condições do big bang, se com esse termo se está identificando o suposto momento único de criação do Universo. Tecnicamente, isso é impossível, já que na versão big bang para o começo do Universo as quantidades físicas seriam infinitas, um valor que não poderemos jamais atingir. Se me estendo nessa questão é porque, aproveitando a entrada em operação neste ano da maravilhosa máquina Large Hadron Collider (LHC) que o Cern construiu para entender como funciona o microcosmo - aquilo que simplificadamente chamamos de física das partículas elementares -, jornais de vários países, inclusive do Brasil, alardearam que os cientistas estariam no limiar de reproduzir em laboratório as condições iniciais do Universo. Convertendo-se, no dizer ingênuo de alguns, em parceiros ou concorrentes de Deus. No primeiro momento, considerei que essa afirmação fantasiosa se limitava a uns poucos jornalistas ansiosos por matéria sensacionalista. Entretanto, aos poucos fui detectando que essa desinformação estava sendo passada com grande freqüência para a sociedade e, muito em breve, ela poderia ser levada a sério pelo leigo.



Esse leitor leigo pode estar espantado ao perceber que um laboratório que se dedica a experimentar o microcosmo esteja ao mesmo tempo lidando com estruturas grandiosas, envolvendo a totalidade do que existe, o Universo. Essa relação não é difícil de ser entendida. E, como tudo, tem um aspecto político, além do técnico-científico. Explico-me. Nos anos 1970 houve uma crise na física de partículas elementares: para comprovar algumas idéias em voga e decidir sobre teorias rivais, fazia-se necessária a observação de processos extremamente energéticos. Esses processos envolviam energias que só poderiam ser criadas em laboratório com a construção de máquinas capazes de produzir feixes de partículas a altíssimas velocidades. Mas havia um problema a ser contornado: as máquinas eram muito custosas. Os dois maiores centros de investigação da época - o Cern, em Genebra, e o FermiLab, em Chicago - estavam disputando a liderança mundial com a União Soviética. Quando começou a ficar clara a debacle da URSS e o conseqüente desmonte de sua ciência (bem antes da queda do muro de Berlim), primeiro os EUA e depois a Europa rejeitaram a criação daquelas máquinas. Uma crise se instalou então entre aqueles que pesquisavam as partículas elementares, que constituíam um grande contingente de cientistas. Isso fez com que essa comunidade de físicos voltasse sua atenção para a cosmologia.



BASTA OLHAR O CÉU



O cenário cosmológico evolutivo imaginado por Friedman foi então o território escolhido para substituir, no imaginário dos físicos, a ausência de máquinas de acelerar partículas. O principal motivo científico para realizar essa substituição estava associado ao sucesso da cosmologia. Com efeito, o modelo-padrão do Universo se baseia na existência de uma configuração que descreve seu conteúdo material como sendo constituído por um fluido perfeito em equilíbrio termodinâmico, cuja temperatura varia com o inverso do fator de escala que mede sua expansão; isto é, quanto menor o volume espacial total do Universo, maior sua temperatura. Assim, nos primórdios da atual fase de expansão, o Universo teria passado por temperaturas extremamente elevadas. Isso implica excitação das partículas, expondo o comportamento da matéria em situações de altíssimas energias. E, o que era mais conveniente, a um custo muito menor, quase de graça: bastaria olhar os céus.



Saltando daquela época para os dias atuais, a grande máquina LHC que o Cern finalmente decidiu construir vai gerar energias bastante elevadas, só atingidas pelo Universo no passado remoto, quando o volume total do Universo era bastante diminuto. Em suma, estaremos reproduzindo no LHC condições de energia semelhantes às que o nosso cosmos passou. Isso não significa que vamos reproduzir em laboratório as condições atribuídas ao big bang, e menos ainda recriar o estado do Universo “em seu momento de criação”. Não há nenhuma argumentação cientifica sólida - a não ser uma extrapolação enquanto proposta de descrição do Universo - capaz de identificar a existência de uma fase extremamente quente e condensada do Universo com “seu começo”. Os cientistas não são deuses. No máximo, sacerdotes, alguns ansiosos demais por erigir um dogma e exibir-se como profeta de um mito científico de criação. [Esta foi muito boa!]



terça-feira, 1 de julho de 2008


Show de visual. É assim que defino a reportagem especial da Veja da semana passada (25/6). As ilustrações e infográficos ajudam e muito a explicar um tema naturalmente complexo. Mas, tirando isso e o anúncio da aguardada experiência com o Large Hadron Collider (LHC) – praticamente a única coisa nova da matéria –, o restante do texto é uma bem feita apresentação de conceitos mais ou menos antigos. Quem acompanhou livros e revistas científicos nas últimas duas décadas e meia (como Uma Breve História do Tempo e o período áureo da Superinteressante), vai perceber que a matéria de Veja é um requentado de velhas noções e teorias cosmológicas e cosmogônicas.
Do começo ao fim, o texto parte do pressuposto de que o Universo teve início com o evento (singularidade) conhecido como Big Bang, mas peca, no meu entender, ao não apresentar as objeções a esse modelo, como as apresentadas pelo físico Gabriele Veneziano, do Cern (o mesmo laboratório que vai usar o LHC para pesquisar partículas elementares), objeções essas publicadas alguns anos atrás na revista Scientific American Brasil.
Tá certo que a teoria do Big Bang conta com algumas evidências interessantes como a provável expansão e resfriamento do Universo, a detecção da tal radiação de fundo, em 1965 e o fato de a matéria estar espalhada na mesma proporção por todo o cosmo conhecido. Mas por que não falam sobre a existência de galáxias "velhas" num universo "jovem", por exemplo. Não adianta jogar essas evidências discrepantes para baixo do tapete.
A seguir, alguns trechos da reportagem, com meus comentários entre colchetes:
Já de início, a matéria de Rafael Corrêa pergunta: "Como era o universo antes da súbita expansão inicial, o Big Bang?" E responde: "Nenhum cientista sabe e talvez nunca venha a saber. O que ocorreu para que uma semente de energia estável menor que um próton, um dos componentes do átomo, entrasse em furioso desequilíbrio e passasse a ocupar com jorros de partículas, em pouco minutos, uma região de trilhões de quilômetros?"
[Talvez os cientistas nem queiram saber ou não se atrevam a explicar o que houve antes do Big Bang, porque isso tem implicações teológicas claras. Afinal, como entender que a matéria, o tempo, o espaço e as leis que regem tudo isso surgiram de repente? O Big Bang nos dá a noção de que o Universo teve um início e, portanto, não pode ter dado origem a ele mesmo, senão já teria existido antes. O Big Bang também nos mostra que o Universo teve que ter uma causa, já que tudo que tem um começo tem que ter uma causa. Assim, se essa causa não é o próprio Universo e não pode ser naturalista, pois nada do que é "natural" existia antes desse evento, a única maneira de entender/explicar a origem de tudo é por uma causa primeira não causada e sobrenatural. Por isso, mesmo que a origem do Universo não tenha ocorrido por meio do Big Bang, mesmo que o bóson de Higgs (a tal "partícula de Deus") não seja detectado e force uma revisão nas teorias científicas sobre a origem de tudo, o modelo do Big Bang acaba sendo bem tentador para os teístas, já que coloca um ponto de partida para tudo o que existe no plano material.]
A matéria de Veja, como não poderia deixar de ser na revista que tem se transformado na maior defensora do naturalismo filosófico e do darwinismo em nosso país, afirma que "aos poucos a Terra [começou] a se transformar em um ambiente propício ao surgimento, à manutenção e à reprodução de formas orgânicas. De moléculas cada vez mais complexas surge o primeiro ser unicelular capaz de fazer uma cópia idêntica de si mesmo, de se reproduzir. Isso é vida. ..."
[Atitude previsível a de sair da cosmologia e entrar na biologia evolutiva, como se uma coisa tivesse tudo a ver com a outra; como se ao se provar o Big Bang naturalmente se provasse que a vida teve início segundo a visão de Darwin. Forçaram a barra. É muito fácil afirmar que moléculas inorgânicas teriam se agrupado e dado origem à primeira forma de vida, como se isso fosse tão simples e facilmente demonstrável. Para mim, aqui está a intenção "subliminar" da reportagem de Veja: mostrar que as pesquisas sobre a origem do Universo são como as pesquisas sobre a origem da vida. E aqui também reside a maior fragilidade da matéria. Tanto o experimento de Miller, em seu balão de vidro cheio de gases submetidos a descargas elétricas, quanto os testes que serão feitos do LHC não provam o que pode ter ocorrido no início - da vida e do Universo - pelo simples fato de que ninguém estava lá para observar esses eventos e tudo o que diz respeito a isso não passa de modelos teóricos. Assim, Miller provou que ao se planejar um experimento com certa proporção calculada de gases, certa intensidade calculada de energia e outras condições igualmente calculadas, pode-se obter alguns aminoácidos e muito alcatrão (nunca detectado em rochas do cambriano ou pré-cambriano). Ou seja, a experiência de Miller prova que com planejamento inteligente se pode obter resultados previamente esperados. Para mim, as experiências com o LHC são semelhantes. Não vão demonstrar o que houve nos instantes iniciais do Universo, mas nos darão uma boa oportunidade de verificar o que o ocorre com a matéria sob certas condições previamente calculadas e planejadas. E é exatamente isso que diz a reportagem, na página 86: "O LHC é um reality show que vai produzir e acompanhar as interações mais íntimas do interior da matéria jamais observadas pelo homem."]
Detalhe: para não deixar dúvida quanto à escolha por parte de Veja da tese evolucionista das origens, compare estes dois trechos: "O mito bíblico da criação" e "Algumas questões povoam a mente humana desde que os primeiros clãs se reuniram em torno da fogueira na savana africana". A criação bíblica é tida como "mito" ao passo que a controvertida origem humana (cuja "árvore evolutiva" vive sendo revista) a partir das savanas é afirmada sem questionamento... Fazer o quê?
E aqui está uma das maiores demonstrações de "fé científica": "Seus [do LHC] responsáveis vão recriar as condições que existiam no Universo quando ele tinha apenas um trilionésimo de segundo de existência. Isso é um feito de extraordinárias conseqüências práticas e teóricas. Equivale a lançar uma sonda capaz de viajar 13,7 bilhões de anos no tempo e registrar o espaço a sua volta, transmitindo dados para o mundo atual instantaneamente."
[Equivale nada! Isso é que é exagero! Mas a matéria de Veja oscila entre essa fé exagerada nos resultados dos testes no LHC e certa dose de racionalidade e realismo, como a expressa neste trecho: "Tudo indica que o universo nasceu com o Big Bang, mas o que existia antes dele? A resposta, tanto para os cientistas quanto para os metafísicos, é a mesma: nada. A questão é como algo pode ocupar um espaço que não existia." Ora a matéria afirma que o Big Bang deu origem a tudo, ora diz que "tudo indica" e que "pode" ter sido assim. Deveria ter mantido o mesmo tom, do começo ao fim.
Na edição desta semana, Veja publicou algumas cartas comentando a reportagem. Leia algumas delas:
"As muitas áreas da ciência apontam para uma fonte inteligente como a origem da vida. As probabilidades de a vida ter surgido ao acaso e ter-se desenvolvido por meio de processos aleatórios são tão pequenas que exigem uma fé superior à de uma proposta religiosa racional" (Paulo Pesch, Curitiba, PR).
"...desde que os homens deixaram de crer em Deus, o que se nota não é que não creiam em mais nada, é que crêem em tudo, inclusive no Big Bang" (Roberto de Castro Rios, São Paulo, SP).
"Se havia quem precisasse mais do que apreciar uma flor para acreditar em Deus, com essa reportagem, do que mais precisará?" (Rafael Coutinho, Salvador, BA).
Agora resta esperar pelos resultados dos testes no LHC para ver o que mais será dito sobre a origem de tudo. Por enquanto, nada de novo.

quarta-feira, 4 de junho de 2008



Arqueólogos alemães encontraram os restos do palácio da lendária rainha de Sabá na localidade de Axum, na Etiópia, e revelaram assim um dos maiores mistérios da Antigüidade, segundo anunciou a Universidade de Hamburgo. "Um grupo de cientistas sob direção do professor Helmut Ziegert encontrou durante uma pesquisa de campo realizada nesta primavera européia o palácio da rainha de Sabá, datado do século X antes de nossa era, em Axum-Dungur", destaca o comunicado da universidade. A nota diz que "nesse palácio pode ter ficado durante um tempo a Arca da Aliança", onde, segundo fontes históricas e religiosas, foram guardadas as tábuas com os Dez Mandamentos, que Moisés recebeu de Deus no Monte Sinai. Os restos da casa da rainha de Sabá foram achados sob o palácio de um rei cristão.



"As investigações revelaram que o primeiro palácio da rainha de Sabá foi transferido pouco após sua construção, e levantado de novo orientado para a estrela Sirius", dizem os cientistas. Os arqueólogos acreditam que Menelik I, rei da Etiópia e filho da rainha de Sabá e do rei Salomão, foi quem mandou construir o palácio em seu lugar definitivo.



Os arqueólogos alemães disseram que havia um altar no palácio, onde provavelmente ficou a Arca da Aliança, que, segundo a tradição, era um cofre de madeira de acácia recoberto de ouro.


As várias oferendas que os cientistas alemães encontraram no lugar onde provavelmente ficava o altar foram interpretadas pelos pesquisadores como um claro sinal de que a relevância especial do lugar foi transmitida ao longo dos séculos.


A equipe do professor Ziegert estuda desde 1999, em Axum, a história do início do reino da Etiópia e da Igreja Ortodoxa Etíope.


"Os resultados atuais indicam que, com a Arca da Aliança e o judaísmo, chegou à Etiópia o culto a Sothis, que foi mantido até o século VI de nossa era", afirmam os arqueólogos.


O culto, relacionado à deusa egípcia Sopdet e à estrela Sirius, trazia a mensagem de que "todos os edifícios de culto fossem orientados para o nascimento da constelação", explica a nota.


O comunicado também diz que "os restos achados de sacrifícios de vacas também são uma característica" do culto a Sirius praticado pelos descendentes da rainha de Sabá.



Nota do pastor Sérgio Santeli: A arqueologia vem confirmando cada vez mais a historicidade do texto bíblico, o que demonstra que a fé dos cristãos está baseada em fatos históricos. A matéria acima fez uma ligação da descoberta arqueológica com uma lenda antiga que afirma que a rainha de Sabá e Salomão tiveram um filho, e que Salomão teria mandado a Arca do Concerto para a Etiópia ficando com uma réplica em Jerusalém - o que, de fato, é pura lenda. Quanto à afirmação de que Salomão fosse adorador da estrela Sírius, pode até ser verdade, uma vez que o rei apostatou durante uma parte da vida e seguiu "deuses estrangeiros" (1Rs 11:1-8).

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Os Apóstolos Tiveram Alucinações?


Explicando a Ressurreição de Jesus: o recente reavivamento da Teoria da Alucinação
Por Gary Habermas
Traduzido e adaptado por Leandro Teixeira







Após mais de um século de virtual dormência, um número de hipóteses naturalistas alternativas em relação à ressurreição de Jesus têm aparecido em recentes publicações. Similar à situação ao fim do século XIX, alucinação e abordagens relacionadas são novamente as mais populares entre os críticos. Vamos examinar várias destas recentes formulações. Então, nós ofereceremos numerosas críticas, do assunto como um todo, bem como um par de assuntos abrangidos. Nós argumentaremos que estas alternativas argumentativas falham em explicar a historicidade das aparições da ressurreição de Jesus por uma multidão de razões, até mesmo quando julgadas por padrões criticamente aceitos.

Táticas naturalistas para explicar a ressurreição de Jesus têm presumidamente existido desde o tempo em que este evento se deu. Várias destas abordagens alternativas aparecem nos próprios evangelhos. Parece que os críticos, sabendo que na ressurreição reside o coração do Cristianismo, têm o escolhido especialmente para a discussão.



Nossa abordagem iniciará provendo algumas perspectivas históricas sobre o assunto, fazendo alguns comentários sintéticos com respeito ao apogeu das teorias naturalistas na teologia do século XIX. Foi em situação similar que, 100 anos atrás, a hipótese da alucinação foi também a mais popular posição crítica até que ela foi suplantada pelos estudiosos. Então, baseado na minha recente avaliação de mais de 500 publicações sobre o assunto da ressurreição de Jesus publicadas entre 1975 e hoje, nós documentaremos o crescimento da popularidade destas hipóteses atualmente, dirigidas pelos estudiosos durante as últimas duas décadas. Finalmente, nós apresentaremos uma multifacetada crítica destas posições, usando somente aqueles dados que podem ser apurados pelos meios críticos, assim sendo aceitas pela vasta maioria dos estudiosos[1].



Um retrospecto: abordagens naturalistas desde o século XIX


Publicações do fim dos séculos XVIII e XIX provêem os mais numerosos exemplos de teorias naturalistas acerca da Ressurreição de Jesus. No seu clássico volume documentando estudos do Jesus histórico durante este tempo, Alberto Schweitzer registra muitas destas abordagens. Por exemplo, uma tentativa antiga por Hermann Reimarus acusou que os discípulos de Jesus roubaram o seu corpo

[2]. Friedrich Schleiermacher aprovou a Teoria do Desmaio, tomando a visão de que Jesus nunca morreu na cruz[3].

David Strauss popularizou a Teoria da Alucinação[4],

e outros, tais como Ernest Renan, o seguiram[5]. Otto Pfleiderer e outros pensam que lendas podem explicar a maioria dos dados[6].


Um incrível enredo secundário é que muitos dos estudiosos liberais proveram refutações das hipóteses competitivas. Schleiermacher e Heinrich Paulus atacam várias teorias da visão[7]. Strauss é costumeiramente lembrado por ter quebrado a Tese do Desmaio com sua criteriosa análise[8], desde então poucos estudiosos apoiaram-na após sua crítica[9]. Mesmo que preferisse a tese da lenda, Pfleiderer até admitiu que ela não poderia explicar completamente os dados da Ressurreição de Jesus[10]!


Durante a maior parte do século XX, contudo, havia, comparativamente, pouco interesse nas teorias naturalistas contra a ressurreição de Jesus. Aqueles que rejeitavam a historicidade deste evento raramente fazem referências às formulações alternativas. Após mencionar uma extensa lista de teorias críticas, Raymond Brown indicou umas poucas décadas atrás: “o criticismo de hoje não segue os caminhos tomados pelo criticismo passado. Não são mais respeitáveis as teorias cruas… populares no século passado… estudiosos sérios prestam pouca atenção para estas reconstruções ficcionais” [11].


Esta calmaria em parte dos estudiosos críticos veio por mais de uma razão. Não é coincidência que o interesse em muitas matérias acerca do Jesus histórico fraquejaram neste mesmo período. Mas perto do topo da lista deveria estar o fracasso das hipóteses naturalistas para explicar os dados conhecidos. Em outras palavras, a razão principal para rejeitar estas teses alternativas é que cada uma delas é refutada pelos fatos. Após averiguar algumas destas teorias, James D. G. Dunn conclui: “interpretações alternativas dos dados falham em prover uma explicação mais satisfatória” [12]. O filósofo Stephen Davis concorda com a crítica:


“… são incapazes de arranjar uma história coerente e plausível que explique as evidências à mão. Todas as hipóteses alternativas com as quais eu estou familiarizado são historicamente fracas; algumas são tão fracas que desmoronam com seu próprio peso uma vez ditas… as teorias alternativas que tem sido propostas não são somente fracas, mas são muitíssimo fracas ao explicar as evidências históricas disponíveis…” [13]


Apesar destes desenvolvimentos, parece nos presentes dias ser uma limitada tendência rumo ao retorno a algumas formas destas teses envolvendo os cristãos mais antigos tendo alucinações ou outras experiências subjetivas.

O recente retorno da Hipótese da Alucinação

Em minha recente avaliação de centenas de publicações críticas acerca da ressurreição, tornou-se aparente que muitos estudiosos estão apoiando várias hipóteses naturalistas que foram os argumentos principais em recentes décadas. Este fenômeno não é devido a qualquer mudança na paisagem histórica. Antes, é como os antigos dizem - o que vai sempre volta – como se alguns estudiosos simplesmente pensassem que este é um tempo para mudança.
Desses que agora preferem explicações alucinógenas, contudo, somente uns poucos têm prosseguido nesta abordagem em detalhes. Nós examinaremos algumas destas tentativas, enquanto vários outros estudiosos simplesmente mencionam a possibilidade da, ou preferência pela, tese da alucinação[14].


Gerd Ludemann esteve, em publicações recentes, resenhando um argumento que é totalmente similar às tentativas do século XIX, assegurando que a explicação pode ser aplicada a todos os principais participantes da igreja antiga; os discípulos, Paulo, os 500, e Tiago, irmão de Jesus[15]. Ludemann sustenta que é claro na linguagem de Paulo que o termo ophthe em 1 Coríntios 15.3ss significa que ele estava falando da visão verdadeira, “de sua própria percepção sensorial…” tanto quanto as dos outros apóstolos. Então Paulo “deve ter esperado que os Coríntios entendessem o termo historicamente” [16]. Ludemann conclui que visões alucinógenas são necessárias, juntamente com “características de público ouvinte” que produzem um “estímulo”, “entusiasmo”, “intoxicação religiosa” e “êxtase” para Pedro. Esta se propagou para os outros discípulos por “uma incomparável reação em cadeia”. Paulo, os outros apóstolos, os 500, e Tiago todos experimentaram similarmente estas visões subjetivas. As aparições foram coletivas, atingindo um “êxtase em massa” [17].


Apesar de sua abordagem ser totalmente diferente em alguns pontos, Jack Kent também pensa que alucinações explicam as afirmações dos discípulos, Paulo e Tiago[18]. Kent combina duas teorias naturalistas para explicar a aparente ressurreição de Jesus. Os discípulos e as mulheres experimentaram “alucinações normais relacionadas à tristeza”. Paulo, de outra forma, experimentou conflito e turbulência íntimos pela participação na morte de Estevão e pela sua perseguição de cristãos. Como resultado, ele foi submetido a uma “desordem de conversão”, uma reconhecida enfermidade psíquica que é relatada na sua conversão no caminho para Damasco, incluindo queda e cegueira, em particular[19]. Diferentemente de Ludemann, Kent desejou evitar alucinações coletivas[20].
Concordando com Kent, Michael Goulder aplica uma explicação relacionada às experiências de Paulo, Pedro, e alguns dos outros[21]. Goulder pensa que Pedro e Paulo experimentaram o que ele chama de “visões de conversão”, alucinações de vários tipos que são produzidas em tempos de grande stress, culpa e insegurança. O resultado para estes apóstolos, um dos quais havia negado seu Senhor e outro que tinha perseguido cristãos, era uma nova orientação para a vida – uma transformação que direcionava a “subseqüente heroísmo e martírio” [22].
Outra abordagem que eu tenho apelidado de Teoria de Iluminação deveria, talvez, ser mencionada brevemente. Vários estudiosos recentes preferem uma estratégia que, enquanto se parece com a tese da alucinação, não é completamente igual. Em geral, a idéia é que Pedro foi o primeiro que teve algum tipo de experiência subjetiva ou crença que Jesus estava vivo. Isto foi mais tarde comunicado de alguma forma para os outros seguidores de Jesus, que concluíram que Jesus havia ressuscitado. Eles sustentaram que nós não podíamos agora falar sobre a natureza histórica deste incidente. É a fé destes crentes antigos que é de maior importância aqui, não a natureza das experiências[23]. É freqüentemente observado que estas experiências não foram alucinações[24], mas muitos dos nossos críticos ainda aplicam esta tese.

Uma crítica da Hipótese da Alucinação


Enquanto a recente onda de teses da alucinação revela algumas diferenças, há muitas similaridades. Nós precisamos pesar a hipótese como um todo. Mas nós iniciaremos avaliando dois lados importantes do assunto: a possibilidade de alucinações em grupo e a tese de desordem de conversão proposta por Kent e Goulder.

Alucinações coletivas


Um dos tópicos principais nesta discussão concerne se um grupo de pessoas pode ser testemunha da mesma alucinação. A maioria dos psicólogos discute a realidade de tais ocorrências, como colocadas abaixo. Uma rara tentativa sugestionando que alucinações coletivas são possíveis, sem nenhuma aplicação à ressurreição de Jesus, é feita por Leonardo Zusne e Warren Jones. Eles afirmaram para fenômeno tal como afirmadas aparições da virgem Maria e outros relatos participantes do grupo de pessoas. Em casos como estes, “expectativa” e “excitação emocional” são “pré-requisitos para alucinações coletivas”. Em tais grupos, nós vemos o “contágio emocional que tão freqüentemente toma lugar em multidões tomadas por emoções fortes…” [25]


Mas apoiar as alucinações coletivas é altamente problemático, e em várias áreas.
(1) Para começar, os exemplos principais de “alucinações coletivas” providas por Zusne e Jones foram experiências de grupos religiosos, tais como as aparições marianas. Mas estas citações simplesmente cometem a falácia da petição de princípio em relação se tais experiências podiam possivelmente ser objetivas, ou até mesmo sobrenaturais, pelo menos em algum sentido. Em outras palavras, porque deveria uma explicação naturalista e subjetiva ser aceita?[26] Isto parece excluí-las de uma maneira a priori, antes dos dados serem considerados.
(2) Além disto, a tese da alucinação coletiva é infalsificável. Ela poderia ser aplicada a visões grupais puramente naturais, simplesmente chamando-as de alucinações grupais também. Nesta tese, o critério epistêmico crucial parece estar faltando. Como nós determinamos ocorrências normais dentro de alucinações grupais?
(3) Mesmo se pudéssemos estabelecer que grupos de pessoas testemunharam alucinações, é crítico notar que não decorre que todas estas experiências são, conseqüentemente, coletivas. Se, como a maior parte dos psicólogos afirma, alucinações são privadas, são eventos individuais, então como grupos poderiam compartilhar a mesma percepção visual subjetiva? Antes, é muito mais provável que o fenômeno em questão são também ilusões – erros de interpretação na percepção da verdadeira realidade[27] – ou alucinações individuais.


Além do mais, a maior sucessão de problemas resulta da comparação desta tese com os relatos das aparições de Jesus após a ressurreição. E aqui, o poder de explicação desta hipótese é severamente desafiada, uma vez que a maior parte dos dados não somente diferem, mas realmente contradizem as condições necessárias para as “alucinações coletivas”. Um destes itens será mencionado aqui, com os outros seguindo abaixo.
(4) Por exemplo, Zusne e Jones argumentam que “expectativa” e “excitação emocional” são pré-requisitos para que tais ocorrências grupais aconteçam. De fato, a expectativa “coordena este papel” [28].


Mas este cenário contradiz o estado emocional das antigas testemunhas da ressurreição de Jesus. Até mesmo psicologicamente, os crentes antigos foram confrontados face-a-face com o completo realismo da recente e inesperada morte do seu melhor amigo, de quem eles tinham esperança de resgatar Israel. Como aqueles recentes eventos desdobraram-se em uma tempestade de castigos físicos em Jesus, crucificação e aparente abandono, a resposta normal seria medo, desilusão e depressão. Supor que estes crentes exibiriam “expectativa” e “excitação emocional” em face destas rigorosas circunstâncias requereria deles respostas que seriam incomuns em um funeral! Todas as indicações são que os discípulos de Jesus exibiram emoções muito opostas do que Zusne e Jones propagaram como requerimentos necessários.
Por comparação, a experiência dos discípulos é totalmente diferente daquelas em outros casos onde peregrinos viajaram expressamente longas distâncias, multidões exuberantes com o explícito desejo de ver algo especial. Aí parece ser terreno escasso de comparação com os discípulos de Jesus[29].



Muitos outros problemas cruciais podem “contaminar” a tese da alucinação em grupo, e nós prosseguiremos em várias delas mais abaixo. Mas, por enquanto, nós repetiremos que Zusne e Jones nunca tentaram aplicar sua abordagem à ressurreição de Jesus. Antes, eles preferiram nivelar incrivelmente suas investigações com a admissão de que alucinações em grupo têm um “status incerto” porque não é possível apurar se estes indivíduos tiveram realmente alucinações![30]

Desordem de conversão


Kent sugeriu que Paulo experimentou uma desordem de conversão, uma condição psicológica caracterizada por sintomas físicos tais como cegueira e paralisia na ausência de causas médicas ou psicológicas específicas. Tais foram adquiridas por turbulência interna, conflito, dúvida e culpa. Goulder concorda sobre Paulo, mas adiciona que Pedro e outros, talvez Tiago, também sofreram do mesmo problema.
Mas, novamente, nós devemos alinhar nossas hipóteses com os fatos, e múltiplos problemas opõem-se a esta interpretação, da mesma forma.
(1) Inicialmente, somente Paulo é conhecido como tendo manifestado estes sintomas, então a inclusão de Goulder dos outros não tem fundamento.
(2) Simplesmente, um gigantesco problema é que, do que nós sabemos sobre Paulo, e Tiago em particular, não havia nenhum fundamento mitigante para supor tal desordem. Nós não temos nenhuma indicação que houve o mais insignificante conflito interno, dúvida ou culpa relativa à prévia rejeição deles aos ensinamentos de Jesus. Críticos concordam que Tiago era descrente durante o ministério terreno de Jesus (Jo 7.5; cf. Mc 3.21). O ceticismo de Paulo é ainda melhor conhecido, uma vez que ele perseguia os cristãos antigos (1 Co 15.9; Gl 1.13,23). Mas nós não sabemos de qualquer culpa da parte de Paulo, por ele considerar suas ações zelosas e irrepreensíveis (Fp 3.4-6). Resumindo, não há nenhuma indicação de qualquer desejo de conversão por nenhum destes homens. Supor outra coisa é um despropósito sem fundamentos. Em resumo, estes homens são pobres candidatos para esta desordem.
(3) Além disto, o perfil psicológico fortemente opõe uma aplicação para qualquer destes três apóstolos. Desordem da conversão mais freqüentemente ocorre com mulheres (cerca de 5 vezes mais freqüente), adolescentes e jovens, pessoas menos instruídas, aquelas com QI baixo, status socioeconômico baixo, ou combatentes[31]. Não há uma única característica que possa ser aplicada a Pedro, Paulo ou Tiago.
(4-5) Além disto, sustentar que vítimas da desordem de conversão são fortes candidatas a ter alucinações visuais e auditivas é aumentar o caso um pouquinho. Estas são características incomuns[32]. Não somente são estes apóstolos pobres candidatos para a desordem em primeiro lugar, mas estão bem longe desta doença, eles foram adicionalmente não predispostos a experimentar alucinações. E aqui nós temos duas críticas separadas, devido aos conjuntos de circunstâncias muito diferentes. Não há indicação de que ambos, Tiago e Paulo, em particular, ansiaram ver Jesus. Sua descrença é uma base pobre para produzir alucinações! Tiago, o cético, e Paulo, o perseguidor, são excepcionalmente obstinados obstáculos para a tese da alucinação! Mais uma vez, dizer outra coisa é mera conjectura à parte dos dados históricos.
(6) Nenhuma destas hipóteses explica o que seria de outra forma considerado um delírio de grandeza– neste caso da crença dos apóstolos que Deus teria comunicado a eles uma mensagem para o mundo inteiro que os outros devem aceitar. Mas é improvável que haja outras desilusões envolvidas aqui, até mesmo ocorrendo precisamente no mesmo tempo, então o caso é mais enfraquecido.
Resumindo, afirmar que estes apóstolos foram vítimas de desordem de conversão simplesmente não condiz com os fatos. É claramente uma super-confiança na hipótese a despeito dos dados, uma teoria não ancorada na realidade. Fazer todos os fatores necessários convergir simultaneamente é altamente improvável. E, como a acusação de alucinação em massa, ela também é prejudicada por outras dificuldades.

Problemas adicionais


Muitos outros tópicos sobraram acerca da hipótese da alucinação.
(1) Até mesmo alucinações individuais são questionáveis por quaisquer crentes que experimentaram desespero na inesperada morte de Jesus apenas horas antes. Suas esperanças e sonhos foram subitamente destruídos. Extrema aflição, e não exuberância, seria a resposta normal.


(2) A ampla variedade de tempos e lugares onde Jesus apareceu, juntamente com as diferentes vivências das testemunhas, é simplesmente um imenso obstáculo. Homens e mulheres, durões e emotivos igualmente, todos creram que eles viram Jesus, dentro e fora de lugares, por si mesmo providenciaria uma insuperável barreira para as alucinações. As desigualdades para que cada pessoa represente meticulosamente o adequado quadro mental para experimentar uma alucinação, até mesmo individualmente, decai exponencialmente[33].

(3) Geralmente, alucinações não transformam vidas. Estudos tem mostrado que mesmo aqueles que tem alucinações freqüentes (ou talvez costumeiramente) não admitem as experiências quando outras pessoas presentes não vêem a mesma coisa[34]. Críticos reconhecem que os discípulos de Jesus foram transformados mesmo ao ponto de estarem totalmente dispostos a morrerem pelas sua fés. Nenhum texto antigo reporta que qualquer um deles se retratou. Acreditar que esta qualidade de convicção surgiu através de falsas percepções sensoriais sem ninguém rejeitá-la mais tarde é altamente problemática.

(4) Naturalmente, se as aparições foram alucinações, então o corpo de Jesus deveria estar localizado seguro na sepultura fora da cidade de Jerusalém! O corpo indubitavelmente seria um enorme empecilho para as tentativas dos discípulos pregarem que Jesus tinha ressuscitado! Mas alucinações não se encaixam aqui, então outra tese naturalista é necessária.
Ainda outros itens impedem a hipótese da alucinação. Embora estes não sejam talvez tão fortes, eles ainda contam:


(5) Porque as alucinações pararam após 40 dias? Porque elas não continuaram atingindo outros crentes, como os outros tinham sido?


(6) A ressurreição foi o ensino central dos discípulos, e nós costumeiramente tomamos cuidado extra com o que está mais próximo dos nossos corações. Isto é o que dirigiu Paulo a checar a natureza dos dados do evangelho com outros discípulos chave em pelo menos duas ocasiões, para ter certeza que ele estava pregando a verdade (Gl 1.18-19; 2.1-10). Ele achou que eles estavam também falando das aparições de Jesus para eles (1 Co 15.11).


(7) O que falar sobre a tendência natural do homem em tocar? Ninguém iria mesmo descobrir, nem mesmo uma única vez, que seu melhor amigo, parecia estar ali de pé a uns passos, mas não estava realmente lá?

(8) A ressurreição de um indivíduo contradiz a teologia geral judaica, a qual sustenta um evento corporativo ao final dos tempos. Então a ressurreição de Jesus não se ajustou às expectativas normais dos judeus.

(9) Por último, alucinações do tipo prolongado requeridas por esta teoria naturalista são absolutamente raros fenômenos, sobretudo ocorrendo em certas circunstâncias que militam contra os discípulos de Jesus serem os recipientes[35].

Conclusão


Após um hiato centenário, parece que recentemente temos observado uma limitada tendência em direção à reformulação das abordagens naturalistas da ressurreição de Jesus. A alucinação e hipóteses relacionadas são novamente as mais populares, como elas foram ao final do último século. Mas nós argumentamos que estas estratégias falham em explicar os dados conhecidos e reconhecidos pela crítica em várias frentes. Por cerca de 20 razões, nós concluímos que elas fracassam em suas tentativas de prover uma alternativa para a proclamação do Novo Testamento. O psicólogo clínico Gary Collins enumera alguns destes itens aqui:

Alucinações são ocorrências individuais. Por sua própria natureza somente uma pessoa pode ver uma dada alucinação por vez. Elas certamente não são algo que podem ser vistas por um grupo de pessoas… Uma vez que alucinações existem somente num sentido pessoal e subjetivo, é óbvio que outras pessoas não podem testemunhá-las[36].


De fato, os problemas com esta tese são tão sérios que estes críticos “teriam de ir contra a maioria dos dados psicológicos e psiquiátricos mais recentes sobre a natureza das alucinações” [37]. Isto parece colocar estas abordagens em desacordo com o conhecimento científico atual sobre o assunto. Nós concluímos que aplicar a tese da alucinação e assuntos correlatos às aparições da ressurreição de Jesus está seriamente errado, através de várias disciplinas, em muitos pontos.

Notas finais


[1] Isto é o que eu chamo de Método dos Fatos Mínimos, o qual argumenta dirigidamente dos dados que tem a dupla característica de ser individual e multiplicadamente atestada em forte terreno evidencial, por esta razão é aceita por quase todos os estudiosos que pesquisaram este assunto. Para um esboço deste método, veja Gary Habermas, “Evidential Apologetics”, em Five Views on Apologetics, Steven Cowan, Ed. (Grand Rapids: Zondervan, 2000), 99-120, 186-190.

[2] Albert Schweitzer, The Quest of the Historical Jesus: A Critical Study of Its Progress from Reimarus to Wrede, W. Montgomery, trans. (New York: Macmillan, 1906, 1968), 21-22; outros exemplos são encontrados nas páginas 21-22, 43, 47, 53-55, 60, 83, 162-167, 170, 187, 210-214.

[3] Schweitzer, p. 64; cf. Friedrich Schleiermacher, The Christian Faith, H.R. Mackintosh and J. S. Stewart, trans. (New York: Harper and Row, 1963), 417-421.

[4] David Strauss, A New Life of Jesus, no trans., Segunda Edição, Dois vols. (Edinburgh: Williams and Norgate, 1879), vol. I, 412-440.

[5] Ernest Renan, Vie de Jesus (Paris: Calmann-Levy, 1861), 355-356.

[6] Otto Pfleiderer, Early Christian Conception of Christ: Its Significance and Value in the

History of Religion (London: Williams and Norgate, 1905), Chapter IV.

[7] Schleiermacher, 420; Schweitzer, 53-55.

[8] Strauss, 408-412.

[9] Schweitzer não registra nenhum proponente convencido da teoria do desmaio após 1838, três anos após a publicação inicial da crítica de Strauss.

[10] Pfleiderer, 157-158.

[11] Raymond Brown, “The Resurrection and Biblical Criticism,” Commonweal, Vol. 87; No. 8 (Nov. 24, 1967), 233.

[12] James Dunn, The Evidence for Jesus (Louisville: Westminster, 1985), 76.

[13] Stephen Davis, “Is Belief in the Resurrection Rational?: A Response to Michael Martin,” Philo, Vol. 2; No. 1 (Spring-Summer, 1999), 57-58.

[14] Alguns destes são Dan Cohn-Sherbok, “The Resurrection of Jesus: A Jewish View” in Resurrection Reconsidered, Gavin D’Costa, ed. (Oxford: Oneworld, 1996), 197; John Barclay, “The Resurrection in Contemporary New Testament Scholarship,” in D’Costa, 25-26; Michael Grant, Saint Paul: The Man (Glasgow: William Collins Sons, 1976), 108; M. Lloyd Davies and T.A. Lloyd Davies, “Resurrection or Resuscitation?” Journal of the Royal College of Physicians of London, Vol. 25; No. 2 (April 1991), 168; Antony Flew, in Gary R. Habermas and Antony Flew, Did Jesus Rise from the Dead? The Resurrection Debate, Terry Miethe, ed. (San Francisco: Harper and Row, 1987), 50-59; John Hick, The Center of Christianity (San Francisco: Harper and Row, 1978), 25. Apesar de Peter Carnley pensar que a Ressurreição de Jesus realmente aconteceu, ele pontua que a suposição da visão subjetiva é muito difícil de negar (The Structure of Resurrection Belief [Oxford: Clarendon, 1987], 64, 244-245; cf. 69-72, 79, 82).

[15] Os trabalhos mais bem conhecidos de Gerd Ludemann são: The Resurrection of Jesus: History, Experience, Theology, John Bowden, trans. (Minneapolis: Fortress, 1994); uma rendição mais popular foi escrita em colaboração com Alf Ozen, What Really Happened to Jesus: A Historical Approach to the Resurrection, John Bowden, trans. (Louisville: Westminster John Knox, 1995).

[16] Ludemann, The Resurrection of Jesus, 50, 37; cf. What Really Happened to Jesus, 103.

[17] Ludemann, The Resurrection of Jesus, 106-107, 174-175.

[18] Jack Kent, The Psychological Origins of the Resurrection Myth (London: Open Gate, 1999).

[19] Kent, 6-11, 49-61, 85-90.

[20] Ibid., 89-90.

[21] Michael Goulder, “The Baseless Fabric of a Vision,” 48-61; uma versão resumida foi publicada como parte de uma debate com James Dunn em Resurrection, G. N. Stanton and S. Barton, eds. (London: SPCK, 1994), 58-68.

[22] Goulder, “The Baseless Fabric of a Vision,” 48-52. Casualmente, Goulder argumentou que os discípulos, especialmente considerando as aparições em grupo, experimentaram “desilusões coletivas”. Estas são significantemente diferentes das alucinações subjetivas a que eles se referiam aos equívocos com objetos físicos e reais (52-55).

[23] Visões similares são dadas por: Willi Marxsen, Jesus and Easter: Did God Raise the Historical Jesus from the Dead? (Nashville: Abingdon, 1990), 65-74; Willi Marxsen, The Resurrection of Jesus of Nazareth, Margaret Kohl, trans. (Philadelphia: Fortress, 1968), esp. Chapters III-IV; Don Cupitt, Christ and the Hiddenness of God (Philadelphia: Westminster, 1971), 143, 165-167; Thomas Sheehan, The First Coming: How the Kingdom of God became Christianity (New York: Random House, 1986), 95-118; John Shelby Spong, Resurrection: Myth or Reality? (San Francisco: Harper San Francisco, 1994), 255-260; John Shelby Spong, The Easter Moment (San Francisco: Harper and Row, 1987), esp. 39-68.

[24] Spong, The Easter Moment, 196; Sheehan, 262-263, nota final 38; cf. Marxsen, Jesus and Easter, 71-74.

[25] Leonard Zusne and Warren Jones, Anomalistic Psychology: A Study of Extraordinary Phenomena of Behavior and Experience (Hillsdale: Lawrence Erlbaum, 1982), 135–136.

[26] Para um número de observações críticas e respostas a tais fenômenos, veja Elliot Miller e Kenneth Samples, The Cult of the Virgin Mary: Catholic Mariology and the Apparitions of Mary (Grand Rapids: Baker, 1992), esp. Capítulos 11-14 e Apêndice A.

[27] Aqui Zusne e Jones repetidamente se referem às alucinações coletivas, ainda que eles concluam de modo oposto, que estes grupos podem ter visto um fenômeno real. Então, a “resposta final para estas questões não foi obtida ainda” (135-136)!

[28] Ibid., 135.

[29] A réplica poderia ser feita no sentido que, talvez, alguns indivíduos sofreram alucinações individualmente, portanto induzindo excitação em outros, preparando-os para as alucinações. Da nossa crítica abaixo, uma resposta multifacetada pode ser elaborada. Eu sugeriria especialmente as críticas 4 e 5 na próxima seção em relação aos casos de Paulo e Tiago, os quais seriam altamente problemáticos para esta visão por causa do ceticismo inicial em conversão posterior destes apóstolos, acrescentando (com suas variações) as críticas de 2 a 8 na seção “Problemas adicionais”.

[30] Ibid., 136; cf. 134–135. Para explicações mais exatas contra as alucinações em grupo, veja Phillip Wiebe, Visions of Jesus: Direct Encounters from the New Testament to Today (New York: Oxford, 1997), 210; J.P. Brady, “The Veridicality of Hypnotic, Visual Hallucinations,” in Origins and Mechanisms of Hallucinations, Wolfram Keup, ed. (New York: Plenum, 1970), 181; Weston La Barre, “Anthropological Perspectives on Hallucinations and Hallucinogens,” in R. K. Siegel and L. J. West, eds., Hallucinations: Behavior, Experience and Theory (New York: John Wiley and Sons, 1975), 9–10.

[31] Harold Kaplan, Benjamin Sadock, e Jack Grebb, Synopsis of Psychiatry, Seventh ed. (Baltimore: Williams and Wilkins, 1994), 621.

[32] Cf. Ibid., 621-622. Eu também agradeço à clínica psicológica Gary Sibcy, Ph.D., pelas últimas duas respostas.

[33] S. J. Segal, “Imagery and Reality: Can they be Distinguished?” in Keup, 103-113. Mesmo se as pessoas ficassem alucinadas em grupos, Zusne e Jones também notam que nem todos teriam estas experiências (135).

[34] Segal, 103; unpublished study of hallucinations by Shea Lambert, “Hallucinations and the Post Death Appearances of Jesus,” 20 September, 2000, 2-5, 8-9.

[35] Para mais detalhes, veja Wiebe, 199-200, 207-211. Repetindo nosso ponto inicial, muitas das objeções através desta seção pode ser aplicada também ao que eu tenho chamado de Teoria da Iluminação.

[36] Gary Collins, em conversa pessoal, 21 de Fevereiro de 1977.

[37] Ibid.

sábado, 12 de abril de 2008

Os autores do Novo Testamento são testemunhas oculares confiáveis?


Simon Greenleaf (1783-1853), o famoso professor de direito de Harvard University, é considerado um dos docentes mais responsáveis por ajudar a escola de Direito de Harvard a ganhar uma posição eminente entre as escolas de direito dos Estados Unidos.

Greenleaf produziu uma famosa obra intitulada A treatise the Law of evidence [tratado sobre a lei das evidencias], que ainda é considerado a maior autoridade sobre evidencias em toda literatura dos procedimentos legais. Em 1846, quando ainda professor de Direito em Harvard, Greenleaf escreveu um volume intitulado An examination of the testimony of the four evangeliststs by the rules of evidence administered in the courts of justice [ um exame do testemunho dos quatros evangelistas pelas regras de evidencias administrativas nos tribunais de justiça].¹



As regras de Simon Greenleaf para credibilidade.


John Warwick Montgomery, no apêndice de sua obra The Law above the Law [a lei acima da lei],¹ resumiu os critérios de Simon Greenleaf para determinar a credibilidade dos testemunhos. Estes são os cinco principais pontos.


Primeiro, a honestidade deles.


Uma pessoa normalmente fala a verdade quando não há nenhum motivo predominante ou persuasão para o contrario. Essa hipótese é aplicada nos tribunais de justiça, mesmo a testemunha cuja integridade não seja totalmente isenta de suspeita. Portanto, é mais aplicável aos evangelistas, cujo testemunho foi contra todos os seus interesses mundanos. Eles desejavam morrer pelo seu testemunho ( e muitos morreram).


Se Jesus não, houvesse realmente ressuscitado dos mortos, e seus discípulos não tivessem conhecido, esse fato com tanta certeza quanto conheciam qualquer outro fato, ter-lhe-ia sido impossível persistir nas afirmações das verdades que narraram. Ter persistido em falsidade tão grosseira depois terem sabido tudo não era somente encontrar, pela vida, todos os males que um homem pode infligir, sem nenhuma esperança de paz futura, sem nenhum testemunho de boa consciência, sem esperança de honra nem de estima entre as pessoas e sem esperança de alegria nesta vida nem na vida por vir.


Não há motivo plausível para crer que o testemunho deles era falso. É impossível ler seus escritos e não sentir que estamos conversando com homens de santidade e de consciência terna, homens que agem debaixo da consciência permanente de presença e da onisciência de Deus e de sua responsabilidade perante ele, homens que vivem no temor de deus e andam nos seus caminhos.


Segundo, a capacidade deles. Devemos concordar que a capacidade de uma testemunha de falar a verdade depende das oportunidades que ela teve de observar os fatos, da precisão de seus poderes de discernimentos e da fidelidade de sua memória para reter os fatos que uma vez foram observados e conhecidos. Até que um oponente prove o contrario, deve-se sempre presumir que as pessoas são honestas e mentalmente sadias, e de grau de inteligência media e comum. Este não é apenas o juízo de mera caridade, é também a pressuposição uniforme do direito na terra. É uma suposição sempre permitida livre e plenamente para funcionar ate que o fato seja conhecido de forma diferente pelo lado que nega a sua aplicabilidade ao caso particular em questão. Qualquer que seja a objeção contraria levantada, o ônus da prova é do oponente pelas regras comuns e ordinárias e pela lei e pratica dos tribunais.
Mateus foi treinado por sua profissão a hábitos de investigação severa e escrutínio de suspeição. A profissão de Lucas exigia exatidão e observação e pesquisa igualmente minuciosa. Os outros dois evangelistas – isto foi bem observado – eram iletrados demais pra forjara historia da vida de seu Mestre. Naturalmente, disto se presume que eles eram testemunhas oculares e/ou foram testemunhas oculares dos acontecimentos (questão que vamos tratar a baixo).


Terceiro, o numero e a coerência do testemunho deles. As discrepâncias entre as narrativas dos diversos evangelistas, quando cuidadosamente examinadas, não são suficientes para invalidar o testemunho deles. Muitas contradições aparentes, debaixo de um escrutínio estreito, provam estar em concordância substancial, como já observamos.


Quarto, a concordância do testemunho com a experiência deles. David Hume afirmou que a existência de leis naturais do curso uniforme da experiência humana é nosso único guia no raciocínio a respeito da matéria de fato; qualquer coisa contraria a experiência humana, ele pronunciou inaceitável. Sua observação contém esta falácia: exclui todo conhecimento derivado por inferência ou dedução dos fatos. Em outras palavras, o homem é limitado aos resultados de sua própria experiência sensória.


Quinto, a coincidência do testemunho deles com os fatos e circunstâncias colaterais e contemporâneas. Tudo que o cristianismo pede dos inquiridores honestos sobre este assunto é que sejam coerentes consigo mesmo, que tratem das evidencias da fé como eles tratam das evidencias de outras coisas e que examinem seus autores e testemunhas. As testemunhas devem ser comparadas com elas mesmas, uma com a outra, e com os fatos e as circunstâncias em torno, e o testemunho delas deve ser separado, como se fosse dado num tribunal junto à parte contraria, a testemunha sendo sujeita a rigorosos exames investigatórios.
O resultado acredita-se piamente, será a convicção firme da integridade, capacidade e verdade delas.